DISPLASIA COXO FEMURAL


A displasia coxofemural é definida como uma má formação das articulações coxofemurais, ou seja, uma alteração física na articulação entre o fêmur e o acetábulo (bacia do cão), causando, além de problemas de locomoção, dor e incômodo aos animais.


Esta má formação incide principalmente em cães de raças grandes e de crescimento rápido. 

É uma doença hereditária e recessiva, ou seja, é transmitida geneticamente. Entretanto, devido ao caráter recessivo, mesmo animais que não a apresentam, podem transmití-la, por possuírem o gene.

Animais que apresentem displasia coxo-femural devem ser retirados da reprodução para que os filhotes não venham a sofrer do mesmo mal.

O manejo também possui grande influência, devendo-se evitar principalmente pisos lisos (para evitar escorregões), obesidade e a partir dos 3 meses, exercícios moderados (como natação) visando fortalecer a musculatura pélvica; Evitar exercícios forçados e/ou precoces que podem provocar não apenas a displasia como também artroses. Deve-se evitar exercitar seu cão andando de bicicleta ou andando de carro e obrigando a cão a segui-lo, pois certamente estará forçando os limites do animal..

Os sintomas aparecem geralmente entre 3 e 8 meses de idade.


Existem cães que são apenas portadores da displasia, não apresentam dor, estes apenas são diagnosticados através do exame radiográfico.



A displasia coxo-femural apresenta uma variação que vai de um grau brando (HD+ = grau C) até um grau mais severo (HD+++ = grau E).


O único meio atualmente de se evitar a doença é realizar o controle de displasia antes dos acasalamentos, tanto da fêmea como do macho.
O controle é difícil, uma vez que mesmo cães com ausência de displasia (HD- e ED-) podem transmitir.

Entretanto, o recomendado é que todos os cães que forem ser utilizados na reprodução passem por exame radiográfico para classificar o grau de displasia.

O controle mais efetivo ocorre quando, além do padreador e da matriz, os descendentes também são radiografados e é comprovado que os pais não transmitem a má formação.

É um procedimento é simples, mas existem poucos laboratórios que realizam este controle, pois o veterinário precisa ser cadastrado para emissão do laudo.

A idade ideal é após um ano de idade para a raça Rottweiler.
Para cães de raças gigantes, como o Fila Brasileiro, a verificação deve ser realizada a partir dos 18 meses. Entretanto, observou-se que apenas 80% dos animais afetados podem ser identificados na idade de 12 meses, subindo para 95% aos 24 meses. Por este motivo, adotou-se a idade mínima de 2 anos para realização do exame radiográfico definitivo.

Faz-se a anestesia do cão para o relaxamento total da musculatura e faz-se um RX da articulação coxo-femural e algumas vezes do cotovelo.

Com o resultado devemos acasalar apenas animais HD- = grau A (ausente de displasia) ou animais HD+/- = grau B (articulação quase normal). No Brasil é permitido acasalamentos de animais HD+ = grau C (displasia leve), porém eu recomendo retirá-los da reprodução para conseguirmos o controle e eliminação desta doença nas futuras gerações.

Filhotes com ancestrais com displasia HD ++ e HD +++ ou Rottweilers de mais de um ano de idade com laudo indicando portarem o mal não devem ser adquiridos.

Ausência de displasia

Displasia - Grau E